quinta-feira, 25 de junho de 2015

Extrusões de basalto da Formação Serra Geral e geodos

Elaborado por Julia Guenka Fagundes, Departamento de Ciências Ambientais - UFSCar

      As rochas ígneas extrusivas se formam quando a lava que sai do interior da Terra escorre como um líquido incandescente e se solidifica ao esfriar. O magma nada mais é do que rocha derretida e, ao chegar na superfície, passa a se chamar lava. Se o magma não atinge a superfície e fica retido na crosta terrestre, ele é cristalizado, formando corpos rochosos, denominados rochas intrusivas.
   Os basaltos são as rochas ígneas mais comuns e podem ser produzidos a partir de erupções que ocorrem em derrames que formam grandes platôs continentais, como o da Bacia do Paraná.
   Derrames em platô são rochas vulcânicas que chegam à superfície através de profundas fendas, que se espalham formando extensos lagos de lava solidificadas.

Derrames de basalto na Bacia do Paraná - Cânion Fortaleza,  Aparados da Serra – RS/SC. Foto: Luiz Oliveira


A Província do Paraná, localizada no sul do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai é um dos maiores depósitos de Platô do planeta, recobrindo cerca de 1.200.000km². É composta por derrames, sills e diques da Formação Serra Geral, associados ao rompimento do supercontinente Gondwana, que ocorreu durante o período Cretácio da era Mesozóica.
  
Parede de basalto próximo a São Carlos

  
   Um geodo é uma cavidade aproximadamente esférica ou alongada, preenchida por minerais, muitas vezes na forma de cristais que se projetam da parede para o interior da cavidade. Normalmente encontram-se no topo ou na base dos derrames e são decorrentes da solidificação de gases existentes nas lavas.

Geodo de quartzo. Foto: acervo Laboratório de Geociências – DECiv/UFSCar


Referências Bibiográficas

CPRM. Excursão virtual aos Aparados da Serra – RS. Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/Aparados/index.htm>. Acesso em junho 2015.
CPRM. Glossário.
Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/Aparados/glossario_geologico.htm>. Acesso em junho 2015.
TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T.R.; TOLEDO, M.C.M.; TAOILI, F. Decifrando a Terra. 2 ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009. 623 p.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Fossilização

Elaborado por Daniele Toyama, Departamento de Ciências Ambientais, UFSCar
A fossilização é resultado da combinação de processos físicos, químicos e biológicos. Os restos dos seres vivos que geralmente se preservam são estruturas duras como conchas, esqueletos, dentes, material lenhoso de plantas, polens e também podem fossilizar outras estruturas moles.

Fossilização de partes moles:
Em âmbar: âmbar é uma resina fóssil, vinda de espécies de gimnospermas e angiospermas, e que preservou insetos, aranhas e rãs.
Âmbar com insetos (Pipe, 2008)

Em gelo: As condições glaciais na Sibéria e no Alasca possibilitaram a preservação de grandes animais, como mamutes e rinocerontes.

Por dessecação: ocorre em clima seco e árido, em que o animal morre e desidrata rapidamente, e não permite a ação dos decompositores.
Fossilização de partes duras:
Incrustação: as substâncias transportadas pela água cristalizam-se na superfície da estrutura, revestindo-a por completo.
Peixes fossilizados por incrustração há 10 milhões de anos  (P. M. Branco)

Permineralização: ocorre quando um mineral preenche os poros, canalículos ou cavidades existentes no organismo. Os ossos e troncos de árvores são bastante suscetíveis a esta forma de preservação e muitas vezes, que a estrutura original é  preservada.         

Recristalização: ocorre quando há modificações na estrutura cristalina do mineral original, a composição química permanece a mesma. 
Recristalização da concha de um gastrópode em calcário (SILVA, 2006)

Carbonificaçãoocorre a perda gradual dos elementos voláteis da matéria orgânica, o oxigênio, hidrogênio e nitrogênio são liberados, ficando apenas uma película de carbono. 

Substituição: a substância primitiva é substituída por outra. Mesmo havendo a substituição quase completa da substância original, muitas estruturas delicadas podem ser preservadas.
Concha de braquiópode, formado por substituição (Cristina Vegas Dias)


Referências Bibliográficas

UFSCar – Como ocorre a fossilização? Disponível em: <http://www.ufscar.br/museudebe/fossilizacao.html> Acesso em 05/06/2015.

CPRM – BRANCO, P. M. O que são e como se formam os fósseis? Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1048&sid=129> 
Acesso em 05/06/2015.  

UFRGS – VEJA, C. S. DIAS, E. V. Processos de Fossilização. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/paleodigital/Preservacaocomalteracao.html>
Acesso em 05/06/2015.


SILVA, C. M. da. Faculdade de Ciências de Lisboa – Temas de Paleontologia: Mineralização. Disponível em: < http://webpages.fc.ul.pt/~cmsilva/Paleotemas/Mineralizacao/Mineralz.htm> 
Acesso em 05/06/2015;

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Formação do Solo

Elaborado por Renato Wong, Departamento de Engenharia Civil, UFSCar.

Os solos são formados a partir do intemperismo das rochas, esse intemperismo pode ser tanto físico quanto químico, ele faz com que as rochas percam a coesão, fator que facilita o papel da erosão em promover desgaste desses materiais e seu transporte. Esses materiais inconsolidados ao serem transportados formam camadas de materiais desagregados dando origem ao solo.
                   
Perfil de Alteração do solo. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/img/geografia/infosolo.pdf>


A Formação Botucatu apresenta um solo composto basicamente por arenitos, que geralmente decompõem se em solos arenosos pouco férteis, extremamente frágeis do ponto de vista de resistência à erosão.  A Formação Serra Geral composta por basaltos formados a partir dos derrames de lavas apresenta um solo bastante fértil, associados a presença de óxidos de ferro o que explica sua coloração avermelhada.
Exemplo de contato entre a Formação Serra Geral (basaltos) e a Formação Botucatu (arenitos eólicos). Foto: M. Judite Garcia

Já a Formação Itaqueri composta por arenitos e conglomerados com seixos de composição variada e marcante silicificação e estratificações cruzadas, provavelmente relacionado a ambientes sedimentares com leques aluviais.
Linha de Seixo bem definida. Disponível em: <http://goo.gl/OPG4fy>


Referências Bibliográficas

Hasui, . R. (Org.) ; Almeirda, F. F. M. (Org.) ; Bartorelli, A. (Org.) . Geologia do Brasil. 1. ed. São Paulo: Editora Beca, 2012. v. 1. 900p .
Carneiro, Celso Dal Ré . Viagem virtual ao Aquífero Guarani em Botucatu (SP): Formações Pirambóia e Botucatu, Bacia do Paraná 2007. Disponível em: <http://goo.gl/iIoXlK>
Y. (Org.) ; Carneiro, C. DPerinotto, J. A. Geologia, Recursos Minerais e Passivos Ambientais. Disponível em: <http://ceapla2.rc.unesp.br/atlas/geologia.php>